ESCOLA LUIZ ANTUNES DE TIETÊ RENDE HOMENAGEM A EX PROFESSORA
Therezinha Cardia recebe homenagem na comemoração dos 117 anos do Grupo Escola “Luiz Antunes”Ex-aluna Marilda Bonilha parabeniza professora que dá nome à sala da extinta escola pública; outras 11 colegas também recebem homenagem da Secretaria de Educação
A ex-professora Therezinha Cardia da Silva Spezzotto, 83, é homenageada pela Secretaria de Educação. Ela e outras 11 colegas que lecionaram no Grupo Escolar “Luiz Antunes tiveram salas da extinta escola pública “Luiz Antunes” batizadas com seus nomes na noite de ontem (14). A iniciativa foi incluída nas solenidades e festividades que comemoram os 117 anos da escola e da restauração do prédio que abrigou jovens estudantes até 2010. O centenário prédio, atualmente, abriga as Secretarias de Educação, de Turismo e de Comunicação, além da Biblioteca Municipal, Conselho Tutelar e o Centro Educacional Municipal de Atenção Integral ao Estudante.
A arte de ensinar.
Therezinha iniciou a carreira como professora aos 19 anos depois de formar-se no magistério. Lecionou em diversas escolas como em Eldorado, onde utilizava cavalo e canoa como transporte para chegar até os alunos. Também deu aula em Torre de Pedra e Laranjal Paulista. Em Tietê, lecionou no Grupo Escolar “Luiz Antunes” entre as décadas de 1960 e 1970.
Marilda Sbompato Bonilha, casada com o advogado "Silvinho" Bonilha, foi uma de suas alunas. O ano era 1971 e Marilda entrava no primeiro ano escolar. Ela lembra como foi importante a iniciação ter ocorrido com Therezinha: “Lembro-me que quando entrei no Grupo Escolar “Luiz Antunes”, eu era muito medrosa e chorona. Eu sofria todos os dias ao entrar na escola. Entretanto, aos poucos, aquela mulher bondosa foi me cativando, e assim aprendi a gostar da escola e dos estudos. Talvez esse não fosse sua paciência e carinho, eu não teria me adaptado tão bem na vida escolar”.
A iniciação escolar proporcionada pela professora Therezinha rendeu resultados significativos que mudariam a maneira de Marilda encarar as atividades escolares. “Participei de um concurso de composição no qual fiquei em primeiro lugar. Lembro ter ganhado um livro como prêmio e eu li esse livro um milhão de vezes (risos)". Marilda deixa uma mensagem para a sua primeira professora: “Saiba, dona Therezinha, que tenho a senhora sempre em minhas memórias e em meu coração. Tenho muito orgulho de ter aprendido os primeiros passos na escrita e nos números com a senhora. Parabéns pela justa homenagem”.
Therezinha cidadã e voluntária.
Mulher participativa e preocupada com as questões sociais, além de professora, Therezinha foi voluntária do Lar São Vicente de Paula por aproximadamente 30 anos. "Jureminha", que já foi presidente da entidade, lembra como era a atuação da colega: “o principal trabalho dela era dar a atenção aos idosos. Ia quase diariamente ao asilo para conversar com os velhinhos. Outra atividade muito importante dela ocorria em época de Natal. Ela conversava com cada velhinho para saber o gosto deles e organizava listas de pedidos para conseguir padrinhos que doassem os presentes.
Como conta a ex-presidente do Lar, Therezinha estava sempre disposta a ajudar. Ela auxiliava com os bazares, produzindo peças e agregando outras voluntárias. Jurema ressalta a dedicação dela: “Com ela não tinha meio termo. Ela se doava inteirinha ao que estava fazendo. Ela era mãe, esposa, mas era cooperadora número um do asilo. Então, as diretorias, da Elenice Squatequaza, a minha e a atual de Cleide Pasquoto, não têm palavras para descrever e agradecer a dedicação de Therezinha. Até as atuais cooperadoras sabem da atuação dela no nosso asilo”.
Therezinha também colaborou com a chegada do Alcoólicos Anônimos (A.A.) em Tietê ao lado da irmã Lourdes Cardia e do sobrinho Paulo Cardia (responsáveis diretos pela existência da entidade na cidade). Também auxiliou o Educandário Rosa Mística (“Orfanato”) e a Pastoral. Neste último, por aproximadamente cinco anos, servia almoço aos internos da Santa Casa de Tietê duas vezes por semana.
Therezinha Cardia da Silva é viúva de Antonio Euclydes Lopes Spezzotto; teve cinco filhos, criou um e tem sete netos.
Atenciosamente,
Kaká Spezzotto
Jornalista
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